quinta-feira, 21 de julho de 2011

Novas Tecnologias Geoespaciais para apoiar o Ordenamento Territorial


Imagens tridimensionais da Terra geradas com avançadas tecnologias como o radar ou o laser permitem a construção de maquetes virtuais da paisagem que podem ser facilmente analisadas em computadores. Combinando em modelos matemáticos os conhecimentos funcionais diagnósticos e quantitativos de geologia, geomorfologia, solos e hidrologia é possível identificar e mapear acuradamente o potencial de uso, as fragilidades e os riscos de cada terreno na paisagem.

O cruzamento dos mapas de potenciais e fragilidades dos terrenos com os mapas de uso e cobertura da terra permite avaliar diferentes graus de uso sustentável, se o uso está adequado e onde pode melhorar. Permite também planejar o uso do solo de forma objetiva e substanciada pelas propriedades funcionais dos terrenos.

Assim como já acontece com a previsão do tempo, o mapeamento de todo o território em alta resolução também pode ser transparentemente colocado à disposição da sociedade via internet. No diálogo sobre o Código Florestal, a disponibilidade de novos mapas diagnósticos acurados e verificáveis oferece o potencial inédito de simplificar a definição de áreas para a produção, a conservação e a recuperação ambiental.

Com essas novas tecnologias – muitas delas desenvolvidas no Brasil –, será possível construir uma nova era no uso do solo baseada em inteligência, justiça e responsabilidade, com respeito aos potenciais e limites da natureza.

Sumario do Anexo I, no livro O  Código  Florestal  e  a  Ciência: Contribuições para o Diálogo, por SILVA,  J.A.A.;;  NOBRE,  A.D.;;  MANZATTO,  C.V.;;  JOLY,  C.A.;;  RODRIGUES,  R.R.;;   SKORUPA,  L.A.;;  NOBRE,  C.A.;;  AHRENS,  S.;;  MAY,  P.H.;;  SÁ,  T.D.A.  ;;  CUNHA,  M.C.;;   RECH  FILHO,  E.L.  Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Academia Brasileira de Ciencias, 124 p.