Uma pesquisa realizada pela Datafolha, entrevistou cerca de 1.300 pessoas em todo o país. Duas escolhas foram colocadas para os brasileiros optarem: 1 – Se ele preferiria priorizar a proteção de florestas e rios, ainda que isso penalizasse a agricultura; ou 2 – preferiria priorizar a produção agrícola, ainda que com efeitos ambientais negativos. Segundo a pesquisa, 85% da população brasileira optou pela questão 1. A margem de erro é de três pontos percentuais. A maioria dos pesquisados também se puseram contra a anistia dos desmatadores.
Na opinião do deputado federal Ivan Valente, que comandou as atividades como o recolhimento de assinaturas contra o novo código, o chamado “1 milhão contra a devastação”, os números da pesquisa comprovam aquilo que já se vinha sentindo nas ruas quando o debate sobre o Código Florestal ganhou visibilidade nacional. “A população brasileira já compreendeu que preservar o meio ambiente, nossas florestas e nossa biodiversidade é uma questão estratégica para o futuro do país e para o futuro das futuras gerações brasileiras. Sabe que esta é uma questão de interesse público, que não pode ser tratada de forma corporativista, como aconteceu no Congresso Nacional, onde a bancada ruralista votou de acordo com seus próprios interesses”, criticou Ivan valente.
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A pesquisa Datafolha também mostrou que 62% dos entrevistados “tomaram conhecimento” da votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados. O assunto, portanto, continua vivo no debate público.
O abaixo-assinado, que foi lançado pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, está sendo passado em todo o país com o intuito de colocar pelo menos um milhão de assinaturas contra o novo código florestal brasileiro. O Comitê, até agora, conta com a adesão de mais de quarenta entidades, entre elas a OAB, CNBB, Conic, CUT, SOS Florestas, Instituto Ethos, ABI e Comitê Intertribal.
Mais prazo para a averbação da Reserva Legal
Na semana passada, a Presidenta Dilma Rousseff prorrogou por mais 180 dias o prazo para a averbação da Reserva Legal nas propriedades rurais. A prorrogação do prazo, que se encerrava no dia 11 de junho, atendeu ao pedido dos líderes partidários no Senado, onde agora tramita texto do novo Código Florestal. Com a prorrogação, os proprietários rurais terão mais seis meses para regularizar suas reservas.