Os estudos sobre os impactos da atividade humana no bioma Pantanal, alterações na paisagem e influência das mudanças climáticas na região estão cada vez mais precisos. Vários cientistas do Brasil e do exterior vêm desenvolvendo pesquisas nesse ambiente com a aplicação das geotecnologias.
Imagens de satélite com boa resolução ainda são caras, mas a popularização de técnicas de processamento de imagens e sensoriamento remoto tem levado os pesquisadores da área a buscarem soluções, inclusive com o uso de ferramentas de software livre e informações disponíveis em bancos de dados públicos.
O método denominado Hand (Height Above the Nearest Drainage) permite melhor visibilidade de terrenos topográficos, auxiliando a criação de mapas de ambientes com melhor qualidade de resolução. Desenvolvido peloInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já possibilitou a geração de uma série de mapas de riscos usados em programas de conservação ambiental.
A palestra “Água e Terra, uma relação fascinante” foi ministrada pelo pesquisador do Inpa Antônio Donato Nobre, durante o 3º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal - 3º GeoPantanal. Nobre demonstrou o modelo Hand, que fez uma normalização topográfica de acordo com a hidrografia e já foi empregado em análises de várias regiões brasileiras, como a Amazônia e o Pantanal, além de outros países da América do Sul.
A aplicação também foi usada no mapeamento de zonas de risco para o projeto “Emissões, Megacidades e Clima na América do Sul”. As principais áreas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro onde ocorrem deslizamentos e enchentes foram mapeadas com a tecnologia.
Uma ferramenta geoespacial para detecção de mudanças no nível da água de áreas úmidas foi apresentada no simpósio pelo professor Shimon Wdowinski, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos. Ele realizou diversas pesquisas no sul da Flórida com o Wetland InSAR, que detecta alterações do nível de água em ambientes aquáticos com vegetação emergente.
Essa é uma nova aplicação da técnica conhecida como interferometria por radar de abertura sintética (InSAR).Segundo o professor, ela é muito confiável para o monitoramento das alterações das superfícies sólidas e aquáticas da Terra, gerando mapas de deslocamento de alta resolução espacial chamados interferogramas.
Wdowinski explicou que esses mapas são usados principalmente em estudos de terremotos, mas as pesquisas comprovaram que também servem para ambientesde áreas úmidas. Ele fez ainda alguns ensaios no Pantanal e disse estarinteressado em aprofundá-los, em parceria com instituições brasileiras.
O 3º GeoPantanal, realizado em Cáceres, Mato Grosso, de 16 a 20 de outubro de 2010, é organizado pelo Inpe, Embrapa Informática Agropecuária(Campinas, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
Fonte: Nadir Rodrigues- Assessoria de Imprensa da Embrapa Informática Agropecuária
Imagens de satélite com boa resolução ainda são caras, mas a popularização de técnicas de processamento de imagens e sensoriamento remoto tem levado os pesquisadores da área a buscarem soluções, inclusive com o uso de ferramentas de software livre e informações disponíveis em bancos de dados públicos.
O método denominado Hand (Height Above the Nearest Drainage) permite melhor visibilidade de terrenos topográficos, auxiliando a criação de mapas de ambientes com melhor qualidade de resolução. Desenvolvido peloInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já possibilitou a geração de uma série de mapas de riscos usados em programas de conservação ambiental.
A palestra “Água e Terra, uma relação fascinante” foi ministrada pelo pesquisador do Inpa Antônio Donato Nobre, durante o 3º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal - 3º GeoPantanal. Nobre demonstrou o modelo Hand, que fez uma normalização topográfica de acordo com a hidrografia e já foi empregado em análises de várias regiões brasileiras, como a Amazônia e o Pantanal, além de outros países da América do Sul.
A aplicação também foi usada no mapeamento de zonas de risco para o projeto “Emissões, Megacidades e Clima na América do Sul”. As principais áreas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro onde ocorrem deslizamentos e enchentes foram mapeadas com a tecnologia.
Uma ferramenta geoespacial para detecção de mudanças no nível da água de áreas úmidas foi apresentada no simpósio pelo professor Shimon Wdowinski, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos. Ele realizou diversas pesquisas no sul da Flórida com o Wetland InSAR, que detecta alterações do nível de água em ambientes aquáticos com vegetação emergente.
Essa é uma nova aplicação da técnica conhecida como interferometria por radar de abertura sintética (InSAR).Segundo o professor, ela é muito confiável para o monitoramento das alterações das superfícies sólidas e aquáticas da Terra, gerando mapas de deslocamento de alta resolução espacial chamados interferogramas.
Wdowinski explicou que esses mapas são usados principalmente em estudos de terremotos, mas as pesquisas comprovaram que também servem para ambientesde áreas úmidas. Ele fez ainda alguns ensaios no Pantanal e disse estarinteressado em aprofundá-los, em parceria com instituições brasileiras.
O 3º GeoPantanal, realizado em Cáceres, Mato Grosso, de 16 a 20 de outubro de 2010, é organizado pelo Inpe, Embrapa Informática Agropecuária(Campinas, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
Fonte: Nadir Rodrigues- Assessoria de Imprensa da Embrapa Informática Agropecuária
Por: Elaine Tortorelli / Assessoria de Comunicação-UNEMAT em 20/10/2010 15:41:45