O pesquisador Dr. Enio B. Pereira do Centro de Ciencia do Sistema Terrestre, do INPE, que atua nas agendas de energias alternativas e meio ambiente, fez o seguinte cálculo preliminar comparativo entre hidrelétricas (ou a área de seus lagos) e energia solar fotovoltaica. As conclusões são impressionantes, vale a pena conferir.
"Tenho alguns cálculos preliminares que podem dar uma boa dimensão do grande potencial energético da radiação solar.
A tabela abaixo ilustra o potencial de produção de enrgia fotovoltaica que corresponde a uma área alagada de algumas hidrelétricas do país, sem levar em consideração o custo dessa tecnologia solar. Lembrando que a demanda anual de energia do Brasil é da ordem de 455TWh, vemos que só Balbina poderia, em princípio, dar conta de toda a demanda de energia do país - com uma sobra para exportação. Embora sejam resutados tipo "estimativas macro", se juntar esse estudo com o estudo mencionado pelo Paulo (Nobre) sobre o custo da energia solar comparado com o custo da energia hidroelétrica, poderia dar um resultado interessante. Veja que as hidroelétricas em bacias bem encaixadas tem uma densidade energética muito maiores do que as de lençol dágua, como as de Balbina.
A tabela abaixo oferece estimativas para as emissões em toneladas de dióxido de carbono por ano evitadas para cada km2 de paineis fotovoltaicos com 10% de eficiência comparado com diversas tecnologias de geração elétrica pela queima de combustível fóssil. Os cálculos levam em conta tambem o ciclo de vida da tecnologia solar, ou seja, a emissão de CO2 associada a manufatura, instalação e operação da tecnologia solar. Esses resultados ainda tem que ser refinados, mas são indicativos interessantes."