Todo mundo ama seus filhos
em excesso e procuram fazer o melhor por eles. O problema é que autores
de um novo estudo dizem que o narcisismo em crianças é cultivado pela infantolatria dos
pais – crentes que eles são mais especiais e têm mais direitos do que
outros. A atitude pode ter um impacto negativo na vida da criança.
Quando a criança sente que é centro do mundo
A
maioria dos pais pensa que os filhos são especiais e merecem sempre um
tratamento melhor. Quando isso acontece, por outro lado, é comum que
eles se tornem narcisistas e passem a acreditar que realmente são superiores aos outros. Pelo menos é o que sugere um estudo da Ohio State University, dos Estados Unidos.
Em contrapartida, os pesquisadores descobriram que as crianças criadas em uma atmosfera de cordialidade parental
simples são mais propensas a ter um nível adequado de autoestima, mas
não narcisismo. Ou seja, é bom ser um pai amoroso, mas estabelecer
limites e evitar tratar seus filhos como se eles fossem intocáveis.
Infantolatria tem efeito negativo na fase adulta. Foto: iStock, Getty ImagesPara chegar a essas conclusões, os estudiosos avaliaram 565 crianças de sete a 11 anos, que moravam em bairros de classe média
da Holanda. Pais e filhos responderam a uma série de questões
destinadas a avaliar os níveis de narcisismo e autoestima dos pequenos,
bem como sobrevalorização dos pais sobre seus filhos.
A
equipe de investigação descobriu que as principais expressões que
indicam sobrevalorização dos filhos incluem declarações como meu filho é mais especial do que as outras crianças. Foi apurado que quando isso ocorria com frequência, os pequenos ficavam excessivamente convencidos de sua própria importância.
Infantolatria pode ter efeitos negativos mais tarde
Psicólogos da Loyola University Chicago alertam
que os pais que idolatram seus filhos podem influenciar no sucesso das
crianças mais tarde. Vale a pena temperar o narcisismo e evitar frustrações na vida adulta.
Mas afinal, o que é narcisismo? Trata-se daquela personalidade que busca atenção constantemente
e que se considera melhor do que os outros. Quando essas pessoas se
sentem humilhadas, elas podem atacar de forma agressiva ou até mesmo
violenta. Não é raro ainda que definam metas irrealistas e tentem tirar
vantagem de outros.
Em compensação, uma quantidade certa autoestima
é importante. Há vários fatores necessários para a sua construção:
família, amigos, fracasso, habilidades e realizações são alguns
exemplos. Os pais devem oferecer apoio realista e respeito
às lutas de seus filhos, o que os torna mais capazes de conseguir uma
boa dose de confiança.
Vale saber ainda que um estudo publicado na revista Psychological Science indica que a infantolatria
é capaz de promover grandes expectativas de alcançar sucesso no futuro –
tanto no âmbito profissional quanto no familiar. Parece bacana, mas os
pesquisadores sugerem que isso é uma receita para a depressão mais além.
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Há
várias décadas, tem crescido o interesse pela relação entre as emoções,
os pensamentos e o corpo físico. A comunidade científica já aceitou a
inegável influência que esses fatores “invisíveis” têm sobre nosso
corpo.
Como por exemplo, ao sofrer uma grande dor emocional, como a
perda de um ente querido, alguém pode sofrer um ataque cardíaco ou um
derrame, o que pode até levar à morte.
Mas, quando as emoções não
são tão intensas, é um pouco mais difícil notar a relação entre elas e o
estado da nossa saúde. Além disso, os pensamentos que alimentamos também podem influenciar nosso bem-estar, para bem e para mal.
Sintomas físicos da relação corpo-mente
A
relação entre as emoções e o nosso corpo é bem conhecida pela sabedoria
popular. Algo que percebemos graças à experiência e ao instinto. Por
exemplo, é comum sentirmos dor de barriga antes de uma prova, entrevista
de emprego ou outra situação em que seremos avaliados.
A dor de
estômago também pode ser sintoma de estresse, como quando temos
dificuldades no trabalho, nos relacionamentos ou problemas financeiros.
Dificuldades para dormir, perda do apetite e tremores também são sintomas de uma mente estressada. A ansiedade pode levar algumas pessoas a procurar conforto na comida, sobretudo em alimentos ricos em açúcar e carboidratos,
como chocolate, bolos, biscoitos, coxinhas, pizzas etc. Isso pode levar
ao aumento de peso e a todos os problemas associados a ele.
A
vergonha faz nosso rosto ficar vermelho e o medo faz com que o nosso
rosto fique pálido. Quando a emoção é muito forte, o coração bate mais
rápido, aumentando a pressão arterial.
Enfim, há muitas “provas” de que as emoções têm influência direta sobre o nosso corpo, o que pode causar doenças. Mas será que podemos ter algum domínio sobre o que sentimos e pensamos?
Afirmações positivas para curar
A
autora Louise Hay é uma das mais respeitadas quando se trata de
afirmações para a saúde, prosperidade, bem-estar e cura. Nos seus livros
“Você pode curar sua vida”, “Cure seu corpo” e “O poder das afirmações
positivas”, ela compartilha muitas informações valiosas sobre como você
pode assumir a responsabilidade pelas suas emoções e pensamentos,
curando, assim, não apenas o corpo, mas também todas as áreas da sua
vida.
Louise acredita que o amor próprio é a chave da saúde e da
felicidade verdadeiras. Um exercício simples que qualquer pessoa pode
fazer e que a autora recomenda em seus livros, é este:
Cerca de três vezes por dia, durante pelo menos um mês, diga, na frente do espelho, olhando para seus olhos:
“Eu amo você. Tenho orgulho de você”. Essas afirmações simples, mas
poderosas, devem ser ditas com sinceridade, sem nenhum criticismo. É normal sentir alguma resistência no início, mas persista até que se torne um hábito natural se elogiar.
Pensamentos de autocrítica
Constantemente,
temos um “diálogo interno” com nós mesmos, sem que nos demos conta. São
as histórias que repetimos por dias, meses, anos, décadas e por toda a
vida, sobre quem somos, o que podemos ou não fazer, o que outras pessoas
nos fizeram, etc. Quando esse diálogo é muito negativo, ele traz consequências danosas para a saúde física e mental. Exemplos de diálogos internos negativos:
– “Sou muito burra”.
– “Sou muito gorda”.
– “Não consigo emagrecer”.
– “As pessoas vivem me passando para trás”.
– “Ninguém gosta de mim”.
– “Não sou (bonita/inteligente/rica/boa…) o bastante”.
E por aí vai.
Uma boa maneira de combater esses pensamentos negativos é fazendo
terapia. Anotá-los em um diário e questioná-los também é bastante
eficaz, pois você se tornará consciente de seu próprio diálogo interno.
Outro efeito nocivo desses “diálogos internos” inconscientes é que eles
vão atrair pessoas que pensam como você a seu respeito. Assim, se você
acreditar que é “burra”, por exemplo, atrairá pessoas em sua vida que
vão confirmar esse pensamento.
Boas maneiras de melhorar sua saúde através das emoções e pensamentos
Não
podemos “controlar” nossos pensamentos e emoções, mas podemos
adotarpráticas saudáveis que nos ajudarão a lidar melhor com eles.
Uma dessas práticas é a meditação. Meditar pode ser a melhor coisa a
fazer assim que você acorda, pela manhã. Dedique cerca de 15 minutos por
dia a uma prática meditativa, sozinho ou em grupo.
Outra prática
muito benéfica é a de atividades físicas. Corrida, hidroginástica,
caminhadas na natureza, aeróbica, pilates, ioga e os vários tipos de
esportes podem fazer maravilhas para o corpo, aumentando o nível de
endorfina e a sensação de bem-estar, ajudando a equilibrar as emoções. Cantar, dançar, pintar e realizar alguma atividade criativa e artística são bálsamos para as emoções.
Você pode se dedicar a algum tipo de atividade assim, como a escrita, a
pintura em tecidos, o bordado e a dança, apenas para citar algumas. É
também uma excelente oportunidade de conhecer novas pessoas. Exercícios
de relaxamento profundo podem ser muito curativos. Você pode comprar CDs
ou baixar meditações pela internet, como a ioga nidra, uma técnica de
relaxamento simples, mas muito eficaz.
Cuidar bem da sua saúde
mental e emocional terá um impacto positivo na saúde do seu corpo. Além
disso, você estará cultivando uma postura mais positiva diante da vida, o
que atrai felicidade.